A Olaria no Sardoal, foi uma atividade muito presente, de tal forma que deixou nome em rua, “Rua das Olarias”, na memória mais recente há um nome incontornável, João Morgado.
Desde os 7 anos que acompanhava o pai que era oleiro e natural dos Valhascos, tendo assim aprendido a profissão que perdurou até ao final da vida.
Passava os dias no depósito, como assim lhe chamava, em Vale da Gala. O espaço já não era apropriado, mas ia dando para trabalhar. Por curiosidade, era o mesmo onde o seu pai exercia a atividade.
Chegou a fazer mais três mil tijoleiras. Lembrava-se que, na época em que começou, uma quarta (bilha) de 5 litros custava 2$50.
João Morgado foi o ultimo mestre de oleiro do Sardoal, deixou escola, Rogério Nunes e Fernanda Leitão, foram seus alunos, que durante algum tempo mantiveram a atividade.
Está representado no Museu Nacional de Etnografia, foi motivo de estudos académicos, pela forma como reunia em seu saber todo o processo, desde a recolha do barro, no barreiro, até à cozedura das peças.